Sunday, June 27, 2010

Cream Puffs - Profiteroles


Cream Puffs are delicious pastries traditionally made with choux pastry, of butter, flour, water and eggs. Choux pastry can be made into cream puffs or éclairs as seen at many patisseries throughout Paris. They are usually filled with whipped cream or pastry cream, drizzled with caramel or chocolate. On a recent trip with family to Jamaica, Cream Puffs were almost always available as a dessert during lunch buffet, following a spicy jerk pork bbq or a fabulous coat curry, salads, fruits and all the beer one could drink, or a slushy if you were my niece or nephew :)

My nephew has nick named me as “the woman who is a machine in the kitchen” and happens to love cream filled puffs, and with is bribing smile asked me many times to make them for him upon our return home. Today I’ve decided to make them especially for him as he recovers bravely from a fractured foot and is sadden he can’t play outside during recess with his friends. He's to his quick recovery, so he can enjoy splashing in the pool during the summer holidays…!


For the Cream Puffs

Choux Pastry

140gr flour
1 teaspoon sugar
1/2 teaspoon salt
120gr unsalted butter
250ml water
4 eggs lightly beaten

In a pot, heat water to a simmer along with the butter. Once the butter is completely melted, add salt, sugar and flour, mixing rapidly until dough forms a ball and does not stick to the pot. Cook for about 3-4 minutes while mixing constantly. Remove from heat and let cool to room temperature. Add lightly beaten eggs one at a time until well incorporated and forms a thick sticky dough. Line a baking tray with parchment paper and drop a teaspoon full of dough for each puff onto the tray. Bake for 15-18 minutes in a preheated oven at 200C. Let cool completely before filling.
Makes about 20 Cream Puffs.

To fill, whip 500ml of whipping cream with 2 tablespoons of powdered sugar and a teaspoon of vanilla extract. You can fill the cream puffs by cutting them in half or by using a piping bag and piercing the bottom of each puff with a knife in order to pipe in the cream. Drizzle with melted chocolate.

__________________________________________


Profiteroles são deliciosos pastéis feitos tradicionalmente com massa choux que leva manteiga, farinha, água e ovos. Esta massa pode ser usada para fazer profiteroles ou éclairs como visto em muitas pastelarias em Paris. Eles geralmente são enchidos com chantilly ou creme de pasteleiro e com caramelo ou chocolate por cima. Numa viagem recente com minha família à Jamaica, os profiteroles eram quase sempre servidos como uma sobremesa, no buffet na hora do almoço, após um churrasco picante de carne de porco “jerk” ou um fabuloso caril de cabrito, saladas, frutas e toda a cerveja que se consegue beber, a menos se era o meu sobrinho ou sobrinha :)

Meu sobrinho nomeou-me "a mulher que é uma máquina na cozinha" e acontece adorar profiteroles, e com um sorriso maroto me pediu muitas vezes para fazê-los ao voltar para casa. Hoje eu decidi fazê-los especialmente para ele enquanto se recupera bravamente de um pé fracturado e entristecido por não poder brincar com os seus amigos nos intervalos das aulas. Aqui está à sua recuperação rápida, para que ele possa desfrutar na piscina durante as férias de verão ...!


Para os Profiteroles

Massa Choux

140gr de farinha
1 Colher de chá de açúcar
1/2 Colher de chá de sal
120gr de água sem sal
250ml de manteiga
4 Ovos ligeiramente batidos

Num tacho, aquecer a água junto com a manteiga. Assim que a manteiga estiver completamente derretida, adicionar o sal, açúcar e farinha, mexendo rapidamente até formar uma bola de massa e não colar no tacho. Cozinhar por cerca de 3-4 minutos, mexendo constantemente. Retirar do fogo e deixar arrefecer a temperatura ambiente. Adicionar os ovos ligeiramente batidos, um por um até que estejam bem incorporados e formem uma massa pegajosa. Forrar um tabuleiro com papel vegetal e colocar uma colher de chá de massa para cada profiterole no tabuleiro. Assar por 15-18 minutos em forno pré-aquecido a 200C. Deixar arrefecer completamente antes de encher.
Dá para cerca de 20 profiteroles

Para encher, bater 500ml de natas com 2 colheres de sopa de açúcar em pó e uma colher de chá de essência de baunilha. Podem-se encher os profiteroles cortando-os ao meio ou usando um saco de confeitar e fazer um buraquinho no fundo de cada pastel com uma faca, a fim de conseguir encher. Regue com o chocolate derretido.

Saturday, June 12, 2010

- - - - - - - - - Focaccia de Bacon de Javali - - - - - - - - - - - - - - - Wild Boar Bacon Focaccia - - - - - - - - - - -



Bacon de javali tem mais gordura que bacon de porco, sendo a carne magra também muito mais escura. O seu sabor seria o equivalente no vinho a um vinho encorpado. Se tiver oportunidade de o comprar, use-o para fazer esta focaccia deliciosa (pão tipo italiano) polvilhada com sal grosso marinho e alecrim acompanhada com doce de pêra e vinho do porto. Sua boca vai por sua vez fazer uma reverência e agradecer.


Para a Focaccia

3 Colheres de sopa de azeite
315ml agua morna
550g farinha
2 Colheres de chá de fermento instantâneo
1 ½ Colher de chá de sal
1 Colher de chá de alecrim
1 Colher de chá de sal grosso marinho
200g bacon de javali cortado em pedaços pequenos

Misturar a farinha e o sal num recipiente. Adicionar a agua, o fermento e o azeite à farinha. Mexer até formar uma pasta. Colocar numa superfície plana e amassar de modo a obter uma consistência homogénea e lisa. Deixar levedar até atingir o dobro do tamanho. Esticar a massa com as mãos ate cobrir um tabuleiro de ir ao forno, forrado com papel vegetal. Espalhar o bacon de javali por cima da focaccia o sal grosso e alecrim. Com as pontas dos dedos fazer buracos na massa toda. Cozer em forno pré-aquecido a 220 C até a temperatura interna do pão atingir 93 C.

______________________________________


Wild boar bacon is much fattier then pork bacon with much darker lean meat. Its flavour if what in wine would be called full bodied. If you can get your hands on some, invest on it for this delicious focaccia sprinkled with sea salt and rosemary and paired with the sweetness of pear and port wine jam. Your mouth will in turn take a bow and thank you.


For the Focaccia

3 tbsp olive oil
315ml warm water
550g flour
2 tsp quick rise yeast
1 ½ tsp salt
200g wild boar bacon cut in small pieces
1 tsp rosemary
1 tsp sea salt

Mix flour, salt and yeast in a large bowl. Add the water and olive oil and mix until it forms a sticky down. Turn the dough out onto a work surface and kneed until smooth and silky. Dust with flour and cover with plastic wrap until it doubles in volume. Stretch dough with hands until it’s large enough to cover a large baking tray lined with parchment paper. Spread the boar bacon, rosemary and salt over the focaccia. With the tips of your fingers poke holes into the dough. Bake in pre-heated oven at 220C until the internal temperature reaches 93C.

Saturday, May 29, 2010

Pão de massa azeda com Figos e Amêndoas




730g farinha
18g sal
80g manteiga
450g agua a 45C
20g fermento de padeiro
450g massa azeda
180g amêndoas ligeiramente torradas
180g figos secos cortados em quatro


Misturar a farinha e o sal num recipiente de grande capacidade. Adicionar a agua, o fermento e a massa azeda à farinha. Mexer até formar uma pasta.Colocar numa superfície plana e amassar de modo a obter uma consistência homogénea e lisa. Deixar levedar até atingir o dobro do tamanho. Dividir a massa em duas partes iguais para dois pães. Esticar cada parte com as mãos, espalhar os figos e amêndoas e enrolar a massa para formar o pão. Deixar levedar por 30 minutos e fazer um corte longitudinal com uma lâmina bem afiada. Cozer em forno pré-aquecido a 220 C até a temperatura interna do pão atingir 93 C.





Para a massa azeda

Primeiro dia
150g farinha de trigo integral orgânica
150g agua mineral
1 Colher de chá de mel

Segundo dia
150g farinha de trigo integral orgânica
150g agua mineral
1 Colher de chá de mel

Terceiro dia
300g farinha de trigo
300g agua mineral
2 Colheres de chá de mel

Quarto dia
300g farinha de trigo
300g agua mineral


Começar no primeiro dia por misturar os ingredientes e deixar a mistura tapada com plástico a temperatura ambiente num recipiente. No segundo dia adicionar os ingredientes e deixar outra vez tapado com plástico a temperatura ambiente. Fazer o mesmo no terceiro e quarto dia. Depois do quarto dia guardar no frigorífico tapado com plástico. Na noite de cada uso da massa azeda adicionar metade do peso em farinha e metade em agua. Deixar o peso necessário de massa azeda a temperatura ambiente e o restante da massa colocar no frigorífico ate ao próximo uso. Tem que se alimentar a massa azeda pelo menos 1 vez a cada duas semanas.

Saturday, March 20, 2010

Folar da Páscoa - Easter Cake


Durante o domingo de Páscoa, em pequenas vilas e aldeias em todo o Algarve, as pessoas visitam familiares e amigos. Espera-se que aqueles que se visitam tenham Folar ou amêndoas cobertas de açúcar para oferecer como lanche. Se visitarem dez famílias, então experimentam 10 folares da Páscoa diferentes, o que contribui para um domingo muito feliz e doce! No Algarve o bolo de Páscoa é muito diferente do resto de Portugal. Algumas regiões fazem pão doce mais parecido a brioche; outras regiões usam carnes fumadas, como o presunto ou chouriço. Com camadas e aromatizado com canela só é conhecido por ser feito no Algarve, e por ser tão popular algumas lojas de souvenirs vendem folares durante todo o ano.

Uma tia minha costumava fazer vários folares, e pelo que me recordo eram os melhores que já provei. Como sou grande fã dessa guloseima de Páscoa, pedi que ela me explicasse os ingredientes usados para fazer bolos tão agradáveis. Na sua maneira amável, explicou, como ela usava um punhado disto, e uma pitada daquilo, sem medições precisas. Usando os ingredientes que me foram explicados, fiz muitos folares, uns que tinham bom aspecto mas que não eram muito gostosos, e uns muito gostosos mas não tinham um bom aspecto. Depois de muitas Páscoas, completei a minha receita, testada várias vezes, que funciona, com boa aparência e sabor ainda melhor. É também a tradição de manter algum folar ate ao dia do trabalhador que se festeja dia 1 de Maio, e fazer um piquenique com a família para comemorar o dia e comer o resto do Folar. Não sei como isso poderia ser possível, porque na minha casa, ele nunca iria durar tanto tempo, é delicioso quando esta fresquinho ou barrado com manteiga após alguns dias.


Para fazer o Folar

750g de farinha de trigo, peneirada
3 ovos ligeiramente batidos
1 colher de sopa de canela
1 colher de sopa casca de limão
280ml de leite
60g de manteiga sem sal, derretida
90ml azeite extra virgem
2 colheres de sopa de sementes de funcho (erva doce)
30g fermento fresco (ou 15g de fermento seco)
15g de sal
50g Açúcar amarelo


Para as camadas

300g Açúcar amarelo
2 colheres de sopa de canela
300g de manteiga sem sal


Num tacho pequena aquecer o leite com as sementes de erva-doce ate começar a ferver. Tirar da chama e deixar arrefecer por aproximadamente 10 minutos ou ate ficar com 45C. Peneirar a farinha e a canela para uma tigela grande. Numa outra tigela, coar o leite e polvilhar com o fermento e raspa de limão. Adicionar os ovos ligeiramente batidos, azeite, manteiga derretida açúcar e sal. Lentamente, adicionar a mistura de leite na de farinha e canela até incorporar. Colocar numa superfície enfarinhada e amassar durante 10 minutos, até a massa ficar elástica e suave. Colocar a massa dentro de uma tigela grande untado com azeite e cobrir com um pano e deixar levedar por uma hora. Para fazer as camadas, misturar a manteiga com a canela e açúcar até ficar cremoso. Esvaziar a massa e deixar descansar por 10 minutos. Forrar uma forma de mola de 9 polegadas com papel manteiga e reservar. Dividir a massa em 10 pedaços. Usando um rolo estende-se a massa ao tamanho da forma. Barrar cada camada de massa com uma colher da mistura de açúcar. Repetir com as dez camadas. Cortar uma pequena cruz no centro da massa e meter um ovo cru lavado e untado com azeite no meio do folar. Deixar levedar por mais 30 minutos. Cozer em forno pré-aquecido a 190C (375F) por aproximadamente uma hora ou até o palito sair limpo.


__________________________________
During Easter Sunday, in small towns and villages throughout the Algarve, people visit family and friends. It is expected that those they visit have Folar or sugar coated almonds to give as a snack. If they visit ten families, then they get to try 10 different, which makes for a very happy and sweet Sunday! In the Algarve the Easter cake is much different from the rest of Portugal. Some regions make sweetbread more like brioche; other regions make it savoury using smoked meats, such as presunto or chouriço. With layers and flavoured with cinnamon is only known to be made in the Algarve, therefore being so popular some souvenir shops sell them all year round. An aunt of mine used to bake several of these Folares and to me she made the best I’ve tried. Being such a great fan of this Easter goody I asked her the ingredients used to make such nice cakes. In her kind fashion, explained, how she used a handful of this, and a pinch of that but without precise measurements. I’ve made many Folares in the past that tasted great but weren’t very appealing, or looked appealing but didn’t taste so good. After many Easters, I’ve completed my recipe, tested time and time again, that works, looks good and tastes even better. It is also tradition to keep some of the cake for May 1st which is the Portuguese equivalent to Labour Day in Canada and go for a pick nick with family to celebrate the day and also eat the remainder of the Folar. I am not sure how this could be possible, because at my house, it would never last that long, as it is delicious fresh on its own or at a few days old with some butter.
For the Folar (Easter Cake)

750g All-purpose Flour, sifted
3 eggs, lightly beaten
1 tbsp Cinnamon
1 tbsp Lemon Rind
280ml Milk
60g Unsalted Butter, melted
90ml Extra Virgin Olive Oil
2 tbsp Fennel Seeds
30g fresh yeast or 15g active dry yeast
15g Salt
50g Brown sugar

For the layers
300g Brown Sugar
2 tbsp Cinnamon
300g Unsalted Butter

In a small sauce pan, heat milk with the fennel seed just unit it starts to boil. Remove from heat and let cool for about 10 minutes, or until it reaches 45C. Sift flour and cinnamon into a bowl. Strain the milk into a large mixing bowel and sprinkle the yeast over the milk and let stand 5 minutes until it starts to look frothy. Using a microplane, rasp the peel of one lemon into the milk and yeast mixture, add the lightly beaten eggs, olive oil, melted butter and salt. Slowly add the flour and cinnamon mixture to mix until incorporated. Turn onto a floured surface and kneed for 10 minutes, until dough does not stick and becomes smooth. Add flour if too sticky, a little at a time. Place dough in a clean bowel, greased with olive oil and cover with clean tea towel and let rise for one hour. To make the spread for the layers, mix the butter with cinnamon and brown sugar until creamy. Deflate dough and let rest for 10 minutes. Line a 9 inch spring form pan with parchment paper and set aside. Divide the dough into 10 pieces. Using a rolling pin roll out the dough just enough to fit the spring form. Spread 1 table spoon of the brown sugar mixture just as you would for a pizza. Place in spring form and repeat with all the layers, spreading the remaining brown sugar mixture on the top layer. Cut a small cross into the centre of the cake and place a washed raw egg, greased with olive oil into the cross in the middle of the cake. Proof for 30 minutes. Bake in a preheated oven at 375F for about one hour or until toothpick comes out clean.

Saturday, March 13, 2010

The Competition - A Competição


Petit Fours - Chocolate Hazelnut Bomb, Avocado Mousse cake covered in white chocolate, Meringue Lemon pie with Rosemary Shortbread, Vanilla & Chocolate checkered cake covered in fondant and Coconut tuile with Mascarpone and Fig cream.


www.crfa.ca/tradeshows/crfashow/about.asp

The CFRA Show takes place once a year at the Direct Energy Centre and those in the food industry gather to learn about new trends, new products, and kitchen equipment. Chefs from the Food Network can be spotted around, and white coated chefs in their distinct tall hats prepare delicious appetizer size goodies for one to indulge and keep looking for the next drink or food to pop in the mouth. The Escoffier Society of Toronto runs a competition with several categories where chefs can present their professional abilities in any category they choose. From casual lunch to fine dining plated presentations, sugar work to petit fours and the list goes on.

This year, I wanted to take my shot at it and enrolled as a team with another Chef in preparing 3 theme cakes for which we choose nursery rhymes and by myself I took on the challenge in making petit fours. Even if the intention is not to live and breath this competition, every Chef, I am sure of it, desires only one thing….the award. Gold, silver or bronze and the recognition as an award winning Chef!

The last few weeks before the competition, all I could think of was how I was going to accomplish what I signed up for. One day before my Artisan Bread class I sat at a McDonald’s (yes, Chef eat there too once in a while) armed with paper, pen and my thoughts, I jolted down my ideas for every little delicious morsel I wanted to create. I was set for action!

As I mentioned, the theme cakes we choose were nursery rhymes – 4 & 20 Black Birds, Three Blind Mice and Humpty Dumpty. I absolutely loved the cakes we created. For the Birds cake we made a cake to look like a pie, for the mice cake we made it look like a big slab of cheese and for humpty, well, he fell off the wall, so there he was cracked by a wall cake.




When the day came to prepare my petit fours I went back to my notes written at McDonald’s and ready to take on my oven for the challenge. I gathered patience from someplace I wish I knew and I created. Created 5 difference desserts, 9 of each, which had to look exactly the same and I was ready to give up 7 hours before the set up at the Food Show….

…..6 am, Sunday morning I presented myself, plated desserts in hand to set my little creations on the assigned table. Tall hats were busy working around their tables, preparing every plate to look its best, crossing fingers and the occasional `that looks good Chef` comments going in every direction. Then on to help my team member set up our theme cakes. It was what it was….there was no turning back. Between 8 and 10 am our faith was in the hands of a few Chefs du Cuisine as well as Team Canada Captain (of the food Olympics) to judge and decide if this would be a turning point in our careers, the awards.

I didn’t go back until after 2:30 pm as I didn’t want to face the music. The only thing which crossed my mind was, ``so much work for nothing….not nothing, at least I got the experience``. To my surprise I didn’t get one, I got two awards! We had won! Silver for the Theme Cakes and Bronze for my little morsels of love! All the work paid off by a piece of paper and a medals around the neck, which made every winner stand at least a foot taller. I am sure we were all exhausted and sleep deprived but pride was stronger then all that. At that moment it was clear to me that my passion is true, not just an imagination in my head. Food is life and my life is food.

The only thing left is the Gold, but there is always next year!

______________________________________________


O CFRA ocorre uma vez por ano, no Direct Energy Centre em Toronto e todos aquele na indústria de alimentos se reúnem para aprender sobre novas técnicas, novos produtos e equipamentos de cozinha. Chefes com as suas distintas cartolas preparavam guloseimas doces e salgadas para se experimentar e procurar por mais para dar de oferta as nossas bocas. A Sociedade Escoffier organiza competições com várias categorias onde chefes podem apresentar as suas habilidades profissionais em qualquer categoria que escolherem. De almoço informal ate jantares 5 estrelas, do trabalho de açúcar ate petit fours e a lista continua.

Este ano, eu queria levar meu tiro na competição e me inscrevi com uma colega também Chefe na preparação de 3 bolos do tema de rimas de criança e por eu mesma o desafio de fazer petit fours. Mesmo que a intenção não era viver e respirar esta competição, cada Chefe, estou certa disso, deseja apenas uma coisa...O prémio. Ouro, prata ou bronze, e o reconhecimento como um Chefe premiado!

Poucas semanas antes da competição, tudo que eu podia pensar era como eu ia realizar ao que me inscrevi. Um dia, antes de ir para a minha classe de pão artesanal eu sentei-me no McDonald's (sim, Chefes também lá vão de vez em quando) armada com papel, caneta e os meus pensamentos, escrevi as minhas ideias de cada pedacinho delicioso que eu queria criar. Eu estava pronta para a acção!

O dia chegou de começar a fazer os bolinhos...peguei nas minhas notas escritas no McDonald's para desafiar o meu forno. Encontrei paciência (que ate hoje não sei de onde veio) e eu criei. Criei 5 sobremesas diferentes, 9 de cada uma, que tinham de ser exactamente iguais….cansada, eu estava pronta para desistir de 7 horas antes da competição!

As 6 da manhã no dia a seguir apresentei-me, sobremesas em mão para colocar as minhas criações em cima da mesa atribuída. Chapéus altos estavam ocupados trabalhando em torno de suas mesas, preparando cada prato para parecer o seu melhor, cruzando os dedos e os comentários ocasionais “tua comida esta bonita chefe” jogados em todas as direcções. Em seguida ajudei o membro da minha equipe a preparar a mesa das nossas criações de bolos. Entre as 8 e as 10 da manha a nossa fé estava nas mãos de uns poucos Chefes du Cuisine, bem como o capitão da equipa (dos Jogos Olímpicos Alimentares) para julgarem e decidirem se este seria um ponto de viragem nas nossas carreiras, os prémios.

Voltei depois do julgamento para enfrentar a música. A única coisa que passava pela minha cabeça era, `` tanto trabalho para nada...Nada não, pelo menos eu tenho a experiência ``. Para minha surpresa, eu não ganhei um, mas dois prémios! Tínhamos ganhado! Prata para os bolos temáticos e Bronze para as minhas pequenas morcelas de amor! Todo o trabalho valeu a pena por um pedaço de papel e medalhas no pescoço, o que tornava cada vencedor, pelo menos, uma polegada mais altos. Estou certa de que estavam todos esgotados e com privação de sono, mas o orgulho foi mais forte que tudo isso. Naquele momento ficou claro para mim que minha paixão é verdadeira, e não apenas uma imaginação na minha cabeça. Comida é a vida e minha vida é a comida.

A única coisa que resta é Ouro, mas há sempre o próximo ano!

Tuesday, March 2, 2010

Bread - Pão - Bread - Pão - Bread



O meu maior prazer na cozinha é fazer pão. É a simples maneira que a farinha, água e fermento são utilizados em conjunto que altera a textura, sabor, a cor e o cheiro que eu adoro quando os pães cozidos saem do forno.
A comida une as pessoas e na minha família, o pão faz todo mundo mais contente! Se não há pão na mesa para varrer o molho do prato, a refeição não está completa.
Quando eu era pequena, a geração mais velha costumava dizer que, uma vez que se aprende a cortar o pão, sem a ajuda de o repousar no peito, estava-se pronto para casar. Engraçado, cortar pão dessa forma não passaria pela minha cabeça hoje em dia. Estaria a colocar em risco o meu peito, usando uma faca tão perto do corpo (a menos que seja numa tábua de cortar e as mãos controlando a faca).
O pão merece respeito. Se és fá do pão como eu, dá ao teu pão o melhor presente que lhe podes dar – uma boa faca e uma excelente manteiga com sal (não margarina) ou o melhor azeite que a tua carteira pode comprar.
Eu não sou de fazer reclame dos outros, mas para quem gosta de fazer pão em casa ou quer começar a fazer, há um livro que eu sugiro.......
`` Crust: Bread to Get Your Teeth Into `` por Richard Bertinet é uma excelente fonte de grandes receitas e técnica. Põe as mãos a amassar! O resultado final vai por um sorriso no teu rosto e naqueles com quem o compartilhares... E se tiveres alguma dúvida, pergunta, afinal, eu estou a terminar a certificação na produção artesanal de pão. Se estiveres interessada no livro, comprar online .... É muito mais barato :)

Uma boa fornada e crava bem os teus dentes na codea!


__________________________


My biggest pleasure in the kitchen is bread making. It is the simple fact of the way flour, water and yeast are used together that changes texture, flavour, colour and the smell I love as the fresh baked loaves come out of the oven.
Food is what brings people together and in my family, bread alone makes everyone happier! If bread is not at the table to sweep the sauce off of the plate, then the meal is just not complete.
When growing up, the older generation used to say that once you can cut bread without the help of resting it on the side of your chest, you are ready to marry. Funny that cutting bread that way wouldn’t cross my mind, as you would always be putting yourself at risk when using a knife so close to your body (unless it’s on a board and your hands are controlling the knife).
Giving bread the respect is deserves is important. If you are a bread lover like I am, give your bread the best gift you can give it – a good bread knife! And excellent salted butter (not margarine) or the best olive oil your wallet can buy.
I am not one to advertise for others but for the in-home bread makers out there, there is a book I suggest. ``Crust: Bread to Get Your Teeth Into`` by Richard Bertinet is an excellent source for great recipes and technique. Get your hands into the dough and knead it. The end result will put a smile on you face and those you share it with…And if you have any questions, please ask, after all, I am getting my certification in Artisan bread making. If you are interested in the book, buy online…it is much cheaper :)

Happy Baking and digging your teeth into the crust!

Saturday, February 6, 2010

Almond Roll - Torta de Amêndoa


Growing up, vacationing in the Algarve, we travelled to a rather large village 9km north of Faro named Estoi where my father grew up. Visiting grandparents, cousins, aunts and uncles, the church in the centre of the square where the whole family was baptized, the cemetery to pay respects to lost loved ones. On the second Sunday of each month the farmers market would take place and my sisters and I would always bug our parents to walk us through the market so we could follow our noses to the fried cinnamon and sugar covered, oil dripping but oh so good filhoses. Filhoses are made of enriched bread dough, stretched by hand to the size of a plate and deep fried to a golden colour and dipped in sugar and cinnamon as soon as it comes out of the oil. With our greased mouths and hands, we happily walked to one of my fathers aunts house not far from the market for some cold refreshments and always a slice of the almond roll she so proudly presented to us every time we visited. Was I ever glad, I was young enough my weight wasn’t an issue! The almond roll became an icon of that household and will always be remembered. Here is the recipe of this delicious almond roll and be sure to share it, otherwise you end up eating it all by yourself!

For the Almond Roll

400 g Sugar
6 Eggs
125 g ground Almonds
1 tablespoon Butter, melted
½ teaspoon of Vanilla extract
¼ teaspoon of Almond extract

Beat the eggs with the sugar until they become creamy in colour and sugar dissolves. Add the butter, extracts and ground almonds. Bake in the preheated oven at 165C for 15 minutes in parchment paper lined pan. Allow to cool 5 minutes before rolling.
_________________________________________

Quando íamos de férias ao Algarve na minha infância, visitávamos uma aldeia bastante grande, 9 km a norte de Faro chamada Estói. Foi onde meu pai viveu a sua infância e juventude. Visitávamos avós, primos, tios e tias, a igreja, no centro da praça onde toda a família foi baptizada, o cemitério para homenagear aqueles que lá estavam. No segundo domingo de cada mês, faziam o mercado de Estói e minhas irmãs e eu chateávamos sempre os nossos pais para caminhar connosco através do mercado para que pudéssemos seguir os nossos narizes ao cheiro das filhoses polvilhadas de canela e açúcar. Filhoses são feitas de massa de pão enriquecida, esticadas com a mão ao tamanho de um prato e fritas até terem um cor dourada e mergulhadas em açúcar e canela, logo ao sair do óleo. Com nossas bocas e mãos engorduradas, e felizes da vida íamos até a casa de uma das tias de meu pai não muito longe do mercado, tomar uma agua fresca e sempre uma fatia da torta de amêndoa que ela tão orgulhosamente nos apresentava cada vez que a visitávamos. A torta de amêndoa se tornou um ícone daquela casa e será sempre lembrada. Aqui está a receita desta deliciosa torta de amêndoa e não se esqueçam de compartilhá-la ou acabarão por comer tudo sozinhos!

Para a Torta de Amêndoa

400 g Açúcar
6 Ovos
125 g Amêndoa moída
1 Colher sopa de manteiga derretida
½ Colher de chá de extracto de baunilha
¼ Colher de chá de extracto de amêndoa

Bater os ovos com o açúcar ate ficarem com uma cor esbranquiçada e os grânulos de açúcar dissolverem. Adicionar a manteiga, os extractos e a amêndoa moída. Cozer em forno pré aquecido a 165C por 15 minutos em tabuleiro forrado com papel vegetal. Deixar arrefecer 5 minutos antes de enrolar.